Microsoft tem a “faca e queijo na mão”, só precisa levar a sério o setor mobile (agora) 1r342n

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Decisões difíceis, foi isso o que o CEO Satya Nadella afirmou há alguns anos atrás após a sua chegada e a sua “estratégia” para a divisão do Windows Phone. O que não imaginávamos na época era o quão difíceis isso seria para os fãs do sistema. A Microsoft tem se ausentado do mercado de smartphones por anos, e seus objetivos de alcançar a meta de 1 bilhão de dispositivos até 2018/2019 já foram eliminados… mas parece que a empresa ainda não aprendeu a lição.

A CShell é uma nova maneira de pensar do Windows. A Microsoft está trabalhando para um Windows modular (software mesmo) e adaptável que será dimensionada através de todos os tipos de dispositivos, arquiteturas e tamanhos de tela – é um Windows só para tudo, seja celular ou PC. Isso também inclui os próximos dispositivos móveis, com e para processadores ARM e concetividade com rede celular.

Para ver os estágios iniciais da CShell em ação, basta assistir ao vídeo abaixo:

[youtube]YNxtMtlrm6U[/youtube]

No mundo além dos telefones, o Windows em ARM com CShell levará inovação para o mercado de PCs, possivelmente com novas categorias, como aconteceu com o Microsoft Surface. No entanto, se isto faz parte da estratégia da Microsoft para voltar ao mercado de telefonia aos consumidores, a empresa precisa levar a sério.

A Plataforma Universal – UWP 6a1ix

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A Microsoft ainda precisa levar a sério a sua própria plataforma. Os apps UWP não chegarão até que a Microsoft prove a todos o quão isso é relevante. Não vai ser liberando atualizações em primeira mão para o Android ou iOS, como aconteceu com o Skype, ou criando parceira como a do Spotify, onde não vimos um aplicativo verdadeiramente universal, algo lamentado até pelos usuários do Xbox. Pois o Spotify só funciona em dispositivos que am o Win32, logo não é um verdadeiro UWP.

A Microsoft precisa dar às pessoas um motivo para se preocupam com UWP. Mostra suas capacidades em atrair novas categorias que confiantemente carregam a marca Surface. Construir (com as próprias mãos inclusive) uma suite de aplicativos criativos inteiramente na UWP. Não se deve esperar pelos desenvolvedores, se ela não levar a sério, ninguém se importará.

É hora de parar presumindo que os devs construirão para apps UWP nativos simplesmente porque existe um monte de PCs. É hora de dar motivos reais aos consumidores para usarem apps UWP. Mas como isso será feito?

A faca e o queijo na mão 5o5r2d

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A Microsoft tem que provar para todos que querem ser referência nos telefones. Como tal, a Microsoft precisa realmente lutar pelo direito de existir nesse mercado. A empresa viu o sucesso com o Surface, mas é, sem dúvida, porque os PCs são sinônimos da Microsoft. Quando se trata de telefones, Microsoft é sinônimo de falhas.

O “Surface Phone” não pode ser um simples telefone; precisa ser algo único, algo que pelo menos vai distrair do fato de que a Windows Store ainda precisa de aplicativos. Outros dispositivos de fabricantes parceiros (OEMs) também precisam ser um diferente, aproveitando a capacidade de adaptação do CShell. Esses telefones precisam ser exclusivos, também precisam um marketing gigante, assim como os Surfaces possuem nos Estados Unidos.

O que a Microsoft tem para arrancar “sangue” da Apple e do Google? Reposta: Nuvem, apoio vasto de fabricantes, Xbox, Windows 10 (em ARM!), campeã em produtividade, concentração do público corporativo e pioneira em realidade virtual/mista. Use isso! Não é tão complicado assim.

O ARKit da Apple para o iPhone já está definindo o futuro da realidade aumentada (AR), enquanto HoloLens ainda não chegou aos consumidores. A Apple chegará primeiro? De novo? A Microsoft ficará apenas com as palavras bonitas? Até quando o seguimento móvel nas mãos de Nadella ficará no vácuo?

Onde está o aplicativo de digitalização 3D que a Microsoft demonstrou anteriormente usando um HP Elite x3? Será que chegará na Redstone 3? Ou melhor será que a Redstone 3 chegará?

[youtube]PZD3ytt8Adk[/youtube]

A divisão do Xbox do Microsoft também construíu jogos decentes para o Windows Phone, incluindo Halo Spartan Assault, Halo Spartan Strike, Age of Empires: Castle Siege, e Tentacles: Enter the Mind. Qualquer esforço de futuro nos telefones necessita do apoio da maiores marcas da Microsoft Studio, talvez com características únicas para os proprietários de Xbox. Nintendo Switch (algo similar a um tablet) provou que existe um mercado para jogos portáeis, então porque não aproveitar o Xbox na CShell?

O PC do bolso GPD Win tem feito muito sucesso oferecendo um vislumbre real dos jogos do Xbox em telas pequenas. Abaixo, GTA V com o se fosse no “smartphone”:

GPD win Xbox One GTA V #gpdwin #gpd #gta5 #xboxone #handheld

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O Windows 10, após o mês de setembro, já poderá ser usado em hardware de smartphones top de linha, ou seja, rodará em processadores ARM. A produtividade e o entretenimento únicos do ecossistema Windows nunca ficaram tão próximos de irem para os nossos bolsos. Só a Microsoft pode nos dá isso!

Notem, o Windows tem muitos mais programas e jogos que o Android ou iOS, além de que, facilmente pode rodar APKs com emuladores altamente práticos e leves. A Steam, o Xbox Play Anywhere, Photoshop, Office completo, recursos financeiros para o marketing, bons lanços com gigantes como a HP, Dell, Lenovo, Asus e até mesmo, quem diria, a Samsung, colocam a Microsoft numa vantagem absurda para ser o que esperamos que seja, a melhor.

O problema é a velocidade disso, a CShell foi demonstrada no ano ado, e nós nem sabemos quando será lançada, e o “Surface Phone”, também confirmado, segue sem data. Sem eles, o UWP não avançará como esperado, já vimos o filme, e sem eles a Microsoft não vai muito longe com o Windows 10, a meta de 1 bilhão ainda está longe de ser alcançada. Os dispositivos móveis com Windows 10, com novos formatos de tela,  caso se tornem populares, farão o UWP ser também mais popular.

Microsoft, só peço que leve a sério a divisão mobile, ou é melhor nem voltar e ver a concorrência tirar, a longo prazo, o Windows das mãos do consumidores.  Não é possível que uma empresa com tudo isso em mãos só faça lançamentos de palavras, a ação já ou da hora de acontecer