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Reformular a marca Xbox tem sido algo que tem gerado polêmicas e chegou a hora de você entender o que está sendo realizado. Microsoft tem evoluído a os largos após a entrada do atual CEO indiano Satya Nadella. Por muitos, apesar de sempre ter sido reconhecida como uma das mais valiosas do planeta, era vista como “moribunda” já que as pessoas estariam usando cada vez menos o Windows e o futuro eram os smarthpones, um marcado governado pelo dual pólio da Google e Apple. O que mudou? Como a Microsoft chegou ao posto de empresa mais valiosa do mundo superando todas as previsões negativas? Vamos entender isso.
Uma teoria “antiga” diz que quem lucra mais é quem vende mais hardware ou software. A Microsoft sempre foi conhecida como a rainha dos softwares pelo seu monopólio no mercado de PCs, e por conta disso ficou conhecida por alguns como a “vilã” da tecnologia. Contudo, pela mãos de Nadella, os investimentos não foram nem em software e nem em hardware, mas na nuvem, no Azure. Os lucros a partir daí foram exorbitante.s
Nadella descobriu que tem algo mais valioso do que o software ou hardware. Ocorre que, a nuvem está presente em tudo, ela fica acima das unidades físicas vendidas e do próprio sistema. Por exemplo, o Office era exclusivo do Windows Phone, e quando Nadella assumiu levou ele para as lojas do Android, iOS e ainda para o Mac – algo inimaginável na época. Enquanto a Microsoft não tinha o sistema operacional móvel mais popular, ainda assim conseguiu lucrar nos sistemas concorrentes com s do Office 360.
Note, a Microsoft não precisou vender unidades físicas de Lumias ou o sistema operacional Windows para fabricantes para conseguir isso. A nuvem está acima de tudo. O Windows ou a ser um serviço, e todos os produtos da empresa estão cada vez mais interligados com essa filosia. Além disso, vários aplicativos populares ou sites do seu dia-a-dia usam os servidores do Azure, e você nem se dá conta disso.
Um outro bom exemplo é no mundo dos games, o Rainbow Six Siege do PS4 utiliza servidores do Azure. Ou seja, uma pessoa que compra no Playstation 4 um jogo da Ubisoft ajuda a dar lucro para a Microsoft. Com uma estratégia dessa fica fácil entender porque a empresa está podre de rica. A Microsoft não precisou vender console ou seu software – a nuvem está acima dos dois.
A nova Xbox xn2r
Xbox hoje em dia não é mais apenas um console. Como o próprio Mike Ybarra falou, é tudo que está relacionado aos jogos para o mercado consumidor da Microsoft. Note, a Redmond além de captar clientes pessoa física, ela também tem clientes pessoa jurídica (Sony, por exemplo). O Xbox é seu elo com as pessoas físicas, o consumidor final. A nova barra de jogos do Windows 10 se chama “Xbox Game Bar”, e assim por diante. Um jogo para Xbox agora também roda num sistema operacional para desktops da empresa. A marca é muito mais abrangente.
Notem ainda, na última E3, o brilho quase que total foi para o Xbox Game . Entenda que, ele é o maior foco da empresa para sua visão de jogos ao longo dos anos. É altamente essencial, é por ele que a empresa tem comprado diversos estúdios e fechado cada vez mais parceira com desenvolvedores terceiros. Em sua conferência, foram apresentado 60 jogos, onde mais da metade será lançada diretamente no Xbox Game. Foram 14 jogos first party, algo nunca visto até então. Claro, já vimos mais exclusivos no palco do que o número 14, mas notem que para a Microsoft está falando em “first party”.
Entenda ainda, o console Xbox ou os PCs são apenas penas para um mercado incrivelmente maior que a empresa deseja alcançar. Ela entende e investe neles também, até porque lançará no próximo ano mais um console e tem investido em atualizações, serviços e aplicativos para os jogadores do Windows 10 também.
O que são jogos exclusivos? 6y1x4q
Todos os dias, fanboys se matam por conta de uma tema que já foi ultraado para a Microsoft. A Sony já lançou alguns de seus jogos para o PC através do PSNow, e a ideia é que isso continue já que o streaming pode ser tornar cada vez mais popular. Querer que os jogos exclusivos fiquem presos a uma peça de hardware não é tão lucrativo assim, a nuvem está acima de tudo [não esqueça] e o lucro pode ser bem maior. Netflix e Spotify estão aí para que ninguém duvida.
No futuro ainda existirá jogos exclusivos? Claro que sim, atualmente a Microsoft está justamente investindo nisso de forma intensa – já são 15 estúdios de jogos, e esse número deve aumentar nos próximos meses ou anos. Contudo, tais jogos não ficarão presos ao software ou hardware, serão exclusivos da sua nuvem, ou melhor dizendo do Xbox Game . Os “first party” não mais são do que os jogos exclusivos da sua nuvem.
vimos Minecraft num console Playstation, ou até The Outer Worlds. Não é difícil de entender isso depois que você aceita que a Microsoft “de soft” só tem no seu nome hoje em dia. Contudo, dificilmente veremos tais jogos num PSNow ou num Google Stadia. É só seguir a cartilha do Netflix que você entende o caminho que o Xbox está tomando, o conteúdo exclusivo é importante. No mês de maio, o jogo mais popular do PS4 foi Minecraft da Microsoft, ter um título desse exclusivo de seu serviço de jogos é sem dúvida alguma uma grande notícia.
A cadeia de serviços 712y14
Notem ainda, a Microsoft quis quer Cuphead fosse lançado no Nintendo Swicth. Não foi o estúdio que quis, foi a própria Microsoft que pediu aos seus desenvolvedores. Além disso, os jogos da Xbox Game Studios serão lançados no Steam, inclusive Gears 5. O que a empresa quer com isso?
A Gameloft, uma das principais distribuidoras de jogos para smartphones, já anunciou que colocará Xbox Live [nuvem] em muitos de seus próximos jogos. Notem ainda, tanto o Cuphead como Gears 5 irão para lojas concorrentes com e para Xbox Live. Se a Nintendo ou Valve não permitissem a Xbox Live lá, dificilmente a Microsoft teria disponibilizado seus jogos em suas respectivas plataformas. Note que, a nuvem é mais importante de tudo e que a Microsoft só está espalhando sua nuvem em consoles, lojas e plataformas das quais ela não domina. Porém, a gente já aprendeu que com a nuvem, não é preciso ser o dono da plataforma para lucrar por cima.
Os jogadores do Steam, Nintendo Switch, Android e iOS serão as “próximas vítimas” da nova marca Xbox. A ideia é familiarizar e coletar cada vez mais jogadores para a sua nuvem. Deixá-los cada vez mais familiarizados com os serviços, fazer amizades, conhecer e lutar pelos personagens dos jogos da Microsoft.
E o futuro? 23v63
Phil Spencer foi recentemente à África e Índia estudar isso e notou que consoles são fracos por lá, mas têm milhões ou até mais de um bilhão de pessoas que possuem smartphones. A Microsoft vai querer que você jogue em qualquer lugar com seu Project XCloud e Xbox Game . Essa é a premissa maior da nuvem, e não duvide que a Sony, Nintendo e Google também tenham interesse nesta mesma ideia. Particularmente, não acredito que estamos perto do fim dos consoles ou dos PCs poderosos para jogos, afinal para um jogador hardcore pode ser que seja mais barato comprar um Xbox, afinal o Project xCloud será gratuito para quem já tem console Xbox e o utilizar como servidor.
Ter sua máquina pessoal, seja console ou PC, ainda deverá sair mais barato que alugar outra na nuvem. Contudo, muitas pessoas atualmente jogam em smartphones, o mundo mudou, e levar esses jogos a um novo público através da nuvem pode render rios de dinheiro.
Em suma, entenda a marca Xbox como algo que vai além do software ou hardware. Os jogos exclusivos continuam sendo exclusivos do Xbox, não do Xbox One, mas do Xbox por conta da sua nova roupagem. A E3 foi basicamente para mostrar como o Xbox Game é forte, e você precisa entender que isso é o que mais importa para a Microsoft neste momento. A guerra de consoles é algo pequeno agora, a busca é por todos os jogadores de cada canto do planeta.